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Foto do escritorJulietta

A cultura de avatares recriada por inteligência artificial podem virar tendência para o futuro?

2024 parece um ano um tanto quanto futurístico. Há algumas boas décadas atrás, existia-se uma grande ideia coletiva de que estaríamos todos pilotando carros voadores e possuiríamos uma estética metalizada. Apesar de uma ideologia extremamente criativa, e por vezes otimista em relação à nossa capacidade humana para criações em tecnologia e engenharia, atualmente caminhamos mais em direção ao passado do que propriamente ao futuro, em certo segmento.

Quando nos deparamos com a área do entretenimento, possuimos a certeza de que o show business tem tomado proporções grandiosas. Seja por seu avanço na qualidade dos equipamentos, suportes para a voz ou até mesmos os efeitos especiais, a musicalidade atual traz a performance como seu principal objetivo.

Dessa forma, por meio desse pretexto, unindo-se à uma espécie de nostalgia coletiva, alguns artistas estão sendo trazidos de “volta a vida”. A questão latente que não se cala: qual exatamente o limite ético perante uma suposta homenagem?

(Foto: reprodução/Google)

Essa discussão trouxe debates e polêmicas através da propaganda da Volksvagem com Elis Regina, em 2023. Apesar de termos apreço por quem já marcou gerações e gerações com seu talento e brilhantismo, até onde podemos utilizar de imagens para alcançar objetivos sociais e lucrativos? Quase como uma espécie de filosofia espiritual, até que ponto uma pessoa pode ser “ressuscitada”?

Seja por figuras mundiais icônicas como Michael Jackson, ou até mesmo a realização de duetos entre uma pessoa viva e um falecido, como foi o caso do cantor João Gomes junto de Luiz Gonzaga em julho de 2023 durante um evento promovido pelo Ifood, a reflexão é válida.

Já em contrapartida ao resgate do passado, a inteligência artificial está presente nos planos de bandas e cantores que já fizeram muito sucesso, mas não possuem a mesma resistência física como antes. Foi o caso da banda ABBA, que obteve seu auge na década de 1970, e está encontrando uma forma de ainda se manter presente nos palcos de maneira surrealista e holográfica — assim como o grupo Kiss.

(Foto: reprodução/Google)

Por fim, os roteiros da série "Black Mirror" talvez estejam muito mais próximos do que pensamos. De um lado, temos pontos positivos para a arte do entretenimento. A diversão e a fantasia podem abusar das mais diversas criatividades, contudo, é necessário que a ética e o respeito não sejam desconsiderados. A revolução tecnológica, cada vez mais aperfeiçoada, não deve esquecer das raízes humanitárias que ainda coexistem.


Escrito por: Stéphanie Mendes

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