top of page
Foto do escritorJulietta

Conheça o Mundo das Sombras, criado por Cassandra Clare, e suas adaptações

Atualizado: 21 de dez. de 2023

Judith Lewis é uma norte-americana brilhante conhecida pelo seu pseudônimo Cassandra Clare (inspirado na personagem Cassandra de Jane Austen), com o qual escreveu os livros das aventuras dos Caçadores de Sombras. O primeiro livro desse universo fictício, inicialmente ambientado na cidade de Nova Iorque, foi lançado em 2007 pela Simon & Schuster nos Estados Unidos e em 2010 pela Galera Record no Brasil. Intitulado “Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos” (The Mortal Instruments: CiIty of Bones), o livro começou a ser escrito no ano de 2004 e apresenta Clarissa “Clary” Fray (nascida Clarissa Fairchild Morgenstern), de quinze anos. Clary tem como suas únicas companhias o melhor amigo, Simon Lewis — um nerd judeu esteriotipado, (nem um pouco) secretamemte apaixonado por ela e por Dangerous & Dragons; a mãe, Jocelyn Fray, uma artista incrível, de quem Clary puxou os talentos artísticos; e Luke, um policial gentil e amigo de longa data de Jocelyn.

O enredo se inicia quando Clary e Simon vão até uma boate que permite a entrada de adolescentes e ela presencia um grupo de adolescentes tatuados belamente angelicais matando um homem — que, no final, se revela um demônio. A partir daí, Clary descobre uma teia de mentiras que a afastam de seu passado e, com a ajuda do sarcástico e imprudente Jace Wayland e seus amigos, ela mergulha de cabeça no universo dos Caçadores de Sombras, ao qual pertence.

A verdade é que Cassandra Clare “aluga um triplex” na cabeça de seus leitores — e, diga-se de passagem, das próprias personagens também — quando se trata de suas tramas. No entanto, sua genialidade é marcada quando ela entrelaça seus livros um no outro. Seguindo “Cidade dos Ossos”, “Cidade das Cinzas” e “Cidade de Vidro” marcam a primeira parte de “Os Instrumentos Mortais”, dando a possibilidade ao leitor de visitar uma Londres vitoriana em “As Peças Infernais: Anjo Mecânico” — e põe-se infernal disso —, o primeiro livro da trilogia The Infernal Devices.

Daí em diante, o leitor pode escolher consumir intercalado (“Cidades dos Ossos”, “Cidade das Cinzas”, “Cidade de Vidro”, “Anjo Mecânico”, “Cidade dos Anjos Caídos”, “Príncipe Mecânico”, “Cidade das Almas Perdidas”, “Princesa Mecânica” e, por fim, “Cidade do Fogo Celestial”) ou seguir a ordem direta de cada série que optar em ler no momento. Atualmente, as cinco sagas do universo #ShadowHunters, são “Os Instrumentos Mortais”, “As Peças Infernais”, “Os Artifícios das Trevas”, “As Últimas Horas” e, ainda para ser lançado, “The Wicked Powers”. No total, são cerca de mais de trinta livros para você se aprofundar nesse maravilhoso esquema de pirâmide fantasioso. Para aqueles que já leram todos possíveis, a melhor recomendação é a amiga próxima de Cassandra, Holly Black.

No post de hoje, no entanto, falaremos sobre as duas adaptações que “Os Instrumentos Mortais” receberam para as telas da TV. Começando pelo filme de 2013 e finalizando na série da Freeform.

Estrelado por Lily Collins (34) e Jamie Campbell Bower (34) nos respectivos papéis principais de Clary Fray e Jace Wayland, o filme de 2013 chegou a ter uma continuação confirmada, mas acabou cancelado. Apesar de dividir opiniões desde a escolha dos papéis, acredito que essa foi uma das melhores épocas para tentativas de produções baseadas em livros. O longa nunca trouxe uma fidelidade real aos livros, mas muitos arriscam dizer que conseguiu bem mais do que a série. É uma discussão importante, porque ambos foram gravados em momentos diferentes. Há, aqui, uma falta de fidelidade com o cabelo da protagonista, um ponto importante que a faz se destacar, tal como as sardas pelo rosto; e também uma certa discrepância da aparência de Jace, enquanto outros personagens já atingiram com um pouco mais de facilidade os traços originais.

As atuações do elenco são excelentes. No entanto, me decepciona um pouco Alec aparentar ser um pouco mais baixo no filme do que nos livros — pode ser apenas uma ilusão de ótica, claro — o que é compensado com o seu desprezo inicial por Clary, através da atuação de Kevin Zegers. As interações das personagens também se tornam mais superficiais dado o pouco tempo de tela para a história se desenrolar, o que poderia facilmente se resolver com outras continuações.

Já a série, estreada em 2016, foge bastante do cenário original, trazendo um Instituto bem mais tecnológico e, devido às três temporadas, ao menos temos a presença de várias outras personagens que aparecem nos livros seguintes. Ainda que os fãs da série literária não aceitem tão bem a produção, ao menos o cabelo de Clary Fray, interpretada por Katherine McNamara (27), foi relativamente fiel; curiosamente, a atriz tem dois centímetros a mais do que a personagem nos livros. No entanto, os fãs se deparam com o Jace Wayland de Dominic Sherwood (33), que recebe duras críticas pela sua “má” atuação.

Em particular, pelo contato de tempo proporcionado ao público, a série acaba, por mais que de uma maneira ruim, desenvolvendo muito mais cada uma das personagens, o que dá uma margem para que ao assistirmos as duas produções, sintamos tantas diferenças.

No final, nem o filme e nem a série são de todos ruins. Há algumas pessoas, como eu, que honestamente conseguem amar os três. Cada um deles me proporciona emoções e sensações divergentes e semelhantes ao mesmo tempo. Cassandra Clare é uma autora brilhante, e a melhor parte é: quando os produtos resolveram nomear a série de “ShadowHunters: The Mortal Instruments”, eles geraram uma possibilidade para, no futuro, as outras obras do universo também serem adaptadas.

“Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos” pode ser encontrado no Prime Video e “ShadowHunters” na Netflix. Os livros, publicados pela Galera Record, são vendidos em edições com capas diferentes para todos os gostos. Aproveite para conhecer mais sobre os nephilim que foram criados para proteger o mundo e os humanos dos demônios em uma aventura eletrizante, jovial e encantadora. Mas, se você estiver interessado em algo diferente, “O Portador da Espada” é o novo livro de Cassie Clare e o primeiro depois de todos esses anos fora do Mundo das Sombras.



Escrito por: Ana Clara Reis

8 visualizações1 comentário

1 Comment


Ana Clara Reis
Ana Clara Reis
Dec 21, 2023

Eu fico tão grata em poder escrever coisas que gosto. 💗 Obrigada, minha Julietta, por me proporcionar isso.

Like
bottom of page