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Foto do escritorJulietta

Empática, humanizada e criativa: a designer e empresária do momento.

Juliana Belmont, residente de Niterói, Rio de Janeiro, é formada em história e já foi professora. Durante um período de greve da universidade em que cursava, por já ter tido contato com o design como hobby e por influência de um amigo, decidiu começar o curso que foi a base para o seu trabalho atual. Hoje em dia, ela é dona do próprio negócio, sua agência, a Visuale ── responsável pela criação da identidade visual da Julietta ──, com sócio-participação do marido, o psicólogo Isaac Florindo. Com projetos já realizados para países como Portugal, França, Estados Unidos e Inglaterra, a empresa oferece também serviços de Naming (desenvolvimento do processo criativo para a elaboração de nomes de marcas e empresas) e social media. Durante a entrevista, Juliana nos concedeu detalhes sobre como é gerir um negócio de sucesso de um escritório em casa e abriu o coração para contar sobre alguns desafios que encontra no dia a dia e até mesmo alguns perrengues que já passou no trabalho durante os anos de atuação da Visuale.

Na exclusiva, perguntamos como surgiu a ideia do nome da empresa. Juliana respondeu: “Então, eu não trabalhava com Naming quando escolhi o nome da Visuale”, em tom divertido, continuou: “Eu nem conhecia esse serviço na época. Na verdade, ele é um serviço recente no mercado. A empresa começou como Juliana Belmont Design, mas houve uma necessidade de troca por uma questão de expansão. Precisava sair do meu mundo de estúdio para abrir a minha agência de fato, foi a partir da necessidade dos serviços que os clientes precisavam.” O nome em si foi escolhido através da disponibilidade que ela encontrou no Instagram. “Foi menos intencional do que você imagina. Não foi intencional. Eu não pensei muito, [apenas] foi.”

Assim como a escolha do nome, a ideia de trabalhar com o marido também não foi proposital. A ajuda não foi planejada e se transformou em uma otimização temporal perfeita: sócios no amor e nos negócios, hoje a Visuale carrega meio-a-meio de cada um. Graças a essa junção, é possível ver que eles abrangem uma imensa variedade de trabalhos em diferentes segmentos. Hoje em dia, eles estão no terceiro rebranding e encaram as mudanças com uma necessidade muito natural.

Juliana se consolida como um exemplo profissional. Além de uma talentosa designer, todos os clientes que decidem ter a experiência de marcar uma reunião com ela são agraciados com um atendimento humanizado, no qual ela realmente demonstra interesse em saber, conhecer e escutar o que o cliente deseja para o seu serviço em particular. Ao longo da conversa, pudemos conhecer o lado pessoal de uma mulher decidida, criativa e centrada em crescer cada vez mais profissionalmente.

“É difícil lidar com isso, precisamos sempre ter compreensão sobre o outro lado [clientes]”, contou, quando a questionamos sobre dificuldades em ser mulher ao longo de sua carreira. “Eu não sei se era por eu ser mulher ou se era por eu ser uma menina nova, mas passei por algumas situações de abuso emocional em trabalhos antigos. Você me fez refletir muito sobre [machismo], se eu fosse um homem, teria passado por tudo isso? Além de ser uma empreendedora mulher, trabalho com muitas outras que também são mulheres e isso é sempre um privilégio. Dou o meu melhor para que elas tenham sucesso no trabalho delas. Torço para que sejam empoderadas. Sabemos que muitas dependem de seus parceiros para se sustentar e o quanto isso contribui para relacionamentos abusivos, então eu tento dar o máximo de acolhimento para todas elas. [...] Minha dica para quem quer empreender é estudar muito, persistir, porque não é sempre que vai dar certo [de cara] e se tornar uma autoridade. E a Visuale me ensinou sobre disciplina, empoderamento, organização, liberdade e posicionamento; me acrescentou em muitos sentidos [como mulher e pessoa].” E claro que a sua maior inspiração no mundo do design não poderia ser ninguém menos do que uma mulher, Abi Connick. Juliana mencionou que curte e admira o jeito como a designer decidiu levar a vida.

Mudando um pouco o foco da conversa, perguntamos qual marca ela gostaria de redesenhar/recriar e a resposta foi exata: “Apple! Se fosse a capa de um álbum de um artista, seria do Maverick City, eles tem estilo e músicas legais que eu admiro demais. Se fosse um livro, seria de um livro que eu amo: a Bíblia. De um filme, seriam as capas de Harry Potter e de uma série, Suits. [...] Mas se eu fosse escolher uma personagem mulher para ser estagiária por um dia na Visuale, seria Katniss Everdeen. Ela colocariam ordem nas coisas.”

E não parou por aí! Questionamos se eles já deram de cara com alguma situação que ia contra os valores pessoais deles durante o trabalho com a agência e entre gargalhadas, descobrimos que um cliente pediu que eles criassem (leia-se falsificar) um documento (alô, polícia?! Hahaha) na maior cara de pau e eles precisaram recusar, alegando que não o faria porque é crime! Apesar de séria, a situação rendeu altas risadas por ser tão inesperado (a identidade permaneceu em sigilo e não foi mencionada durante a entrevista).

Para finalizar, pedimos para que ela deixasse três conselhos importantes: um para a Juliana do passado, um para a Juliana do presente e um para a Juliana do futuro: “Para a do passado é difícil porque ela molda quem eu sou hoje, então não faria nada diferente. Mas eu diria para ela ter paciência e viver os processos. Juliana do presente, não desista, trabalhe e estude muito. Para a Juliana do futuro, conquiste, mas não perca a essência que é o mais importante.”


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