A Lufana fã de Harry Potter conta sobre amizades e mais na exclusiva. Confira a seguir:
Maitê Padilha em fotos por Sergio Baia. (Foto: Reprodução/Instagram @maite_padilha)
Se você nasceu entre 2000 e 2010, provavelmente conhece Maitê Padilha, a estrela da novela teen brasileira “Gaby Estrella”, exibida pelo canal Gloob de 2013 até 2015. Recentemente, Maitê deu vida a uma personagem querida de Paula Pimenta — a Mabel, de “Um Ano Inesquecível - Inverno”. Mas você sabe quem realmente é a atriz por trás das telinhas e das redes sociais?
Maitê Pacheco de Castro Padilha tem 23 anos e uma carreira linda em ascensão pela frente. Durante uma exclusiva para a Julietta, pudemos ter o privilégio de conhecer mais do seu lado empolgante e encantador, que provoca na artista aquele ar de “garota sonhadora” que todos querem ter por perto. Essa é Maitê, a amiga que você provavelmente sentiria falta num rolê. Ah, uma coisa importante! Ela acabou de se formar como bacharel em Artes Cênicas pela CAL - Casa das Artes de Laranjeiras.
Maitê Padilha, oficialmente formada em Artes Cênicas pela CAL. (Foto: Reprodução/Instagram @maite_padilha)
Questionada sobre a importância da telenovela tanto na sua vida quanto para as pessoas que consumiram o programa na época, respondeu: “Eu me sinto muito feliz. Gaby Estrella foi um projeto muito querido, [pelo qual] eu tenho muito carinho. Foi o primeiro trabalho da minha vida, assim, então eu não conhecia nada. Eu entrei de surpresa. E eu me apaixonei muito pelo trabalho em si”. Até hoje, as pessoas ainda a comparam com a “Hannah Montana brasileira. Isso faz muito sentido, eu adorava a personagem”, completou. “Um dos meus objetivos é fazer papéis mais maduros”, revelou Maitê, que cresceu entre as telas. Para a atriz, que esteve desde a adolescência presente nas mídias, há uma necessidade pessoal de experimentar novos desafios, seja tanto por um desejo pessoal quanto pela estabilização de carreira — mas, claro, sem descartar os projetos juvenis.
Maitê é aquela pessoa que fala sorrindo. Os traços da personalidade da atriz se revelam por meio de seus trejeitos e do modo como se expressa, digna de uma artista. “Por muito tempo eu tive uma preocupação com o meu jeito de ser. Por muito tempo eu falava que ‘eu preciso falar menos, eu preciso falar devagar, eu preciso não afinar tanto a voz… para que as pessoas consigam me enxergar como mais velha’. Para que eu pudesse me desassociar [de uma imagem] para conseguir expandir [os trabalhos]”, contou. Recentemente, a atriz de “Vítimas Digitais” esteve participando do longa “A Miss”. “Os projetos que você faz, é jeito que você se vende. Que as pessoas enxergam você”, opinou Maitê. Outro projeto no qual esteve envolvida foi “Ainda Estou Aqui”, do diretor Walter Salles, sem data de estreia definida.
Maitê chegou a cursar Cinema pela Universidade Estácio de Sá, mas revelou que teve que escolher entre o que daria continuidade devido ao cansaço que sentia. Nesta parte da entrevista, a Julietta opta por mencionar que, ao compartilhar sobre sua realidade e a priorização de seu bem estar, Maitê Padilha pode ser considerada uma artista real, que se aproxima de seu público em geral ao ser honesta sobre como se sente no dia a dia. Por esse caminho, a atriz também comentou sobre a solidão de crescer com a sua profissão, e a importância de ter amigos tanto por um lado, quanto pelo outro:
"Para mim, sempre foi muito, muito, muito importante ter meus amigos fora do trabalho. E quando eu era mais nova, eu [já] pensava que era ter importante ter amigos que não trabalhassem com isso. Porque eu acho que é um meio que mexe muito com ego, com imagem. Então ter amigos que não trabalhassem nesse meio, eu olhava e falava: ‘não, isso é necessário’. Eu sinto que hoje em dia, quanto a me sentir bem com o meu trabalho, os meus amigos que fiz no trabalho e os que fiz na faculdade são muito importantes também. No sentido de, assim como todas as profissões tem suas angústias específicas, o ‘atuar’ tem angustias muito particulares. E quando você convive com gente só que não é do meio, acaba sendo muito solitário [também]”, explicou.
Maitê Padilha ao lado da colega de elenco Barbara Maia em “Tudo por um Popstar 2”. (Foto: Reprodução/Instagram @maite_padilha)
Maitê contou que sua leitura atual é Harry Potter, e que ler ajuda a “refrescar”, em outras palavras, a sua cabeça. Com isso, questionamos sobre como ela se sentiu e se sente ao interpretar uma personagem literária — a Mabel, em “Um Ano Inesquecível - Inverno” — que é tão querida pelos fãs de Paula Pimenta. “Em relação a fazer uma personagem assim, que é tão querida, eu acho que é sempre difícil. Porque mexe muito com a imaginação das pessoas em [relação à] uma coisa já pronta. Eu conhecia o livro, então peguei para ler quanto fui fazer o teste, antes de ser escolhida. E é sempre muito difícil você fazer uma personagem de livro. Principalmente por depender de muita coisa. Depender do projeto, de como vai ser. Você mexe com a imaginação de todo mundo e uma imaginação importante, porque você não sabe se vai ter [por exemplo] outro ‘Um Ano Inesquecível - Inverno’. Então as pessoas colocam muita expectativa em cima daquilo. Tipo, ‘esse tem que ser do jeito que eu pensei’. E eu colocaria também. Eu li ‘A Seleção’ (Kiera Cass) quando eu era adolescente, eu era completamente apaixonada. E acho que sofreria mesmo se fossem personagens dos quais eu não gostasse do resultado. Mas hoje, tendo feito [algo do ripo], eu teria um pouquinho mais de empatia. Tipo: ‘gente, tem que entender, calma’!”, brincou Maitê no final. “Tem muita responsabilidade, mas eu também precisava confiar no que eu acreditava que a Mabel seria. Era a única coisa que eu poderia fazer. E me senti honrada, claro. Acho que todo ator deveria ter essa experiência de interpretar um personagem de livro ao menos uma vez”.
Isso de viver possibilidades diferentes é um dos fatores que a faz amar atuar. Por sempre ter tido pressa de viver muitas coisas, Maitê abriu o coração falando que atuar é a chance dela viver aquilo que talvez não tivesse tempo de viver em sua vida pessoal. “É impossível viver um milhão de vidas, a não ser atuando. [É para] quando eu me sinto um pouco desesperada [sobre a minha vida pessoal] e eu lembro que posso viver atuando. Mas também é muito interessante você levar um pouco de emoção para as pessoas. Ouvir alguém falar: ‘nossa, fiquei muito mexido com o seu trabalho’. Saber que meu trabalho permite essa troca [com as pessoas]”, confessou.
Maitê Padilha como Mabel em “Um Ano Inesquecível - Inverno”, adaptação da Amazon Prime Video do conto de Paula Pimenta. (Foto: Reprodução/Instagram @maite_padilha)
Se definindo como “preguiçosa” diante das redes sociais, Maitê comentou que reconhece a importância da mídia na vida de um artista hoje em dia. “Tentar remar contra a maré [da mídia] talvez não seja a coisa mais interessante a se fazer” opinou a atriz diante da necessidade de se manter ativa como internauta. Ainda assim, fez questão de dizer que se incomoda e que reconhece que muitas vezes perdemos bons artistas por defini-los pelos números de seguidores e atividades nas redes sociais. “Isso não deveria ser um definidor de escolha para alguém fazer um personagem, mas não nego que é um fato e que acontece”, admitiu. “Acho uma pena”, revelou Maitê, que tenta trabalhar da melhor forma que consegue para administrar sua visibilidade digital. Ela, que gosta de postar sua vida pessoal, seus amigos e gostos pessoais, aproveitou para dizer que não os faz pensando que isso ou aquilo irá engajar e dar visibilidade, e sim, porque a deixa confortável para divulgar seus trabalhos. No final das contas, é mais um ponto que comprova a busca por equilíbrio pessoal e bem estar que a artista vem priorizando em sua vida.
Quanto aos comentários que recebe na internet e em sua vida pessoal, revelou que “Eu costumo prestar atenção em quem está fazendo o comentário e qual a intenção dela. Sempre me vem à cabeça primeiro sobre quem fez. Se é família, alguém que eu gosto. Mesmo que eu não tenha sempre o controle, faço isso para que ele não se torne um fardo para mim. Eu tento pensar muito sobre de onde ele está vindo para eu tomar para mim [ou não]. ‘Tá, eu posso receber isso como um verdade ou trabalhar em cima disso? Tornar algo positivo? Ou não?’, mas não é sempre que eu sou racional assim não. Geralmente eu fico mais preocupada. Mas não tem muito o que fazer, nem como parar de fazer as coisas pro causa disso. Me ajuda a ter as pessoas que eu gosto por perto. Elas me ajudam a ter uma referência de mim e me fortalecer para não acabar permitindo que comentários que não tenham a nada a ver comigo tomem conta da minha cabeça”, comentou.
Se Maitê pudesse estrelar a releitura de uma série, ela escolheria o musical “La La Land”, ou interpretar a Eleven de Stranger Things, afirmando que rasparia o cabelo com tranquilidade. “Eu sou doida para raspar a cabeça. Eu tô pedindo para o universo me mandar um projeto para eu raspar a cabeça”, confessou Maitê. A fala, apesar de ser num momento de descontração, é sincera. “Pelo menos uma vez na vida eu vou fazer”, acrescentou. Se ela pudesse trabalhar com uma personagem feminina por uma semana, seria a Miranda Priestly, de “O Diabo Veste Prada”. Além disso, se Maitê pudesse interpretar uma outra personagem literária, seria America Singer, de “A Seleção”.
A Julieta aproveitou para perguntar sobre quais seriam as três principais músicas que definem sua playlist de vida até então. As respostas foram: “Pela Luz dos Olhos Teus”, de Miúcha e Antonio Carlos Jobim; “Preciso Dizer que Te Amo”, do Cazuza; e “Vienna”, do Billy Joel. A atriz encerrou a entrevista dizendo que acredita que deixa mais um pouquinho de si em cada personagem do que necessariamente o contrário. E aí? Que tal dar uma olhadinha em “Um Ano Inesquecível - Inverno” e acompanhar mais da nossa estrela brilhante nas redes sociais?
Escrito por: Ana Clara Reis
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