Sabemos que todo feriado é sagrado: se desligar de tudo e todos e reviver os momentos que a Netflix (ou qualquer outro streaming que você prefira, haha) te proporciona. Mas depois do primeiro passo, a gente acaba se perdendo um pouco no objetivo final: “Qual filme eu escolho? O que tá em alta? Anitta e Elite? Não sei, eu já vi...” — muita opção e muita dúvida. Por hoje, todo meu conselho de amiga vai para um clássico de sessão de tarde que você pode até não ter assistido, mas com certeza a sua mãe (ou o seu pai) já e talvez eles tenham todos os diálogos em mente (assim como eu)! Em um período tão intenso como essa semana, marcando fins e começos, pós Halloween e um finados mais letárgico, a estrela de hoje é o clássico “Ghost, do outro lado da vida”, de 1990.
Ghost retrata exatamente a intensidade de um fim de outubro e a chegada de novembro. Sam (Patrick Swayze), um bancário bem sucedido, está prestes a descobrir um segredo, literalmente, fatal. Apesar de estar vivendo uma fase completamente apaixonada por Molly (Demi Moore), será através de sua dualidade encarnada versus desencarnada que será feita uma grande revelação. Aqui, podemos fazer uma pausa dramática, mas garanto que não é em vão.
Nessa história fascinantemente espiritual e carnal, cruzada pelo dúbio e pelo duplo, a encarregada de ajudar Sam nos seus objetivos nada mais será do que uma falsa médium chamada Oda Mae Brown (Whoopi Goldberg). Através de seus falsos trabalhos espirituais, a mentira trará a verdade para a superfície. Será cômico e trágico; mas, principalmente, emocionante! De início, uma luta de confiança entre os dois, algumas discussões e dúvidas, mas o final dessa relação é surpreendente (eu prometo!).
O roteiro impecável de Jerry Zucker irá te trazer uma nostalgia que você, jovem pós 2000, não viveu, assim como a sua cinematografia: apartamentos com uma estética aparentemente brega, televisões gigantes e um chiado específico, tapetes, pé direito alto e cores foscas. E, no meio disso tudo, tem briga, chororô, polêmicas, cenas de perseguição e muitíssimo amor.
Relembrar é viver! Se ainda resta dúvidas, essa obra de arte ganhou dois Oscars, BAFTA e Globo de Ouro não só pelas suas atuações, mas pelo seu poderoso script. Serão duas horas de volta ao passado com muita qualidade e uma essência que nem todos conseguem trazer. É inspirador, é saudosista, é belo, é coração e principalmente: cinema!
(Foto: Reprodução/Pinterest)
Escrito por Stéphanie Mendes
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