Literalize estreia em seus primeiros anos com diversidade e qualidade quase que impecável
(Foto: reprodução/internet)
No final de 2019 para o início de 2020, a Editora Literalize, sediada em São Paulo, começou a movimentar suas redes sociais. Seu primeiro lançamento, “O Feitiço dos Espinhos”, de Margaret Rogerson, a autora mais publicada pela editora, chegou traduzido em agosto de 2020 e teve sua pré-venda em setembro do mesmo ano. Contando a história de Elizabeth, uma aprendiz de feiticeiros que cresceu rodeada por grimórios mágicos e que sonha em se tornar uma Guardiã da Biblioteca, o livro é apenas um dos indícios da criatividade de sua autora.
O diferencial da editora, no entanto, se dá no fato de seus livros serem repletos de detalhes bem trabalhados em sua diagramação, capas — sempre duras — e contra capas decoradas e bem elaboradas. Ainda que existam algumas reclamações sobre uma edição ou exemplar e outro, a Literalize sempre demonstrou um cuidado excepcional em ser fiel à essência dos exemplares originais. Além de livros, itens decorativos como canecas, quadros e almofadas literárias são destaque em sua loja — sem contar com os brindes das pré-vendas que sempre se superam.
De representatividade racial até representatividade cultural e LGBT+, a Literalize deu o nome ao escolher títulos diversos para apresentá-los ao público brasileiro. Com o foco em fantasia, as autoras Margaret Rogerson (“O Feitiço dos Espinhos”, “O Encanto dos Corvos”, “Vespertina”), Roseanne A. Brown (“Uma Melodia de Sombras e Ruínas”), Somaiya Daud (“Miragem”), Ashley Poston (“Entre Feras e Flores”), Alexandra Christo (“A Ruína de um Reino”) e Melissa Bashardoust (“Garota, Serpente, Espinho”) transparecem em suas obras a síntese de toda uma construção da editora, compartilhando com o público suas histórias comoventes, carregadas de símbolos culturais e divergências magníficas, releituras famosas e muito mais.
No final, o que consagra uma boa editora ao título de “boa”? A qualidade de suas publicações físicas ou a qualidade de seu conteúdo? Ou, ainda, tudo isso junto e um pouco mais? Em um cenário econômico no qual o preço dos materiais vai à altura e mão de obra humana requer uma remuneração digna, é compreensível o porquê de os livros estarem, atualmente, custando um valor tão alto. Como uma editora recente, para mais, também está favorável a compreensão de que não existem muitas possibilidades para baixar os preços desse mercado. Mas, apesar de não ser uma editora tão financeiramente acessível, ao menos a sua qualidade, em geral, consegue compensar esse fator.
Anúncio do lançamento de "Vespertina" (Foto: reprodução/Instagram/@editoraliteralize)
Quando se trata dessa “qualidade em geral”, pode-se exemplificar as editoras que possuem livros com conteúdos geniais, mas um marketing ruim e diagramação de qualidade duvidosa. Por mais que cada editora trabalhe com nichos específicos, não deixa de ser imprescindível a atenção minuciosa de todos esses detalhes. Em conjunto da obra, a Literalize se destaca por praticamente gabaritar todos os pré-requisitos de uma boa editora.
A Julietta aprova e recomenda que vocês deem uma olhadinha no catálogo sensacional da Editora Literalize e que tirem um tempo em suas rotinas agitadas para mergulharem dentro de vários universos super vastos de magia, encantos e fantasia.
Escrito por: Ana Clara Reis
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