No livros, bolinhos e chá deste domingo, chegou a hora de falar sobre "O que o vento sussurra", da Amy Harmon. Amy é uma escritora estadunidense e autora de treze best-seller, entre eles "Beleza perdida", "Simplesmente Blue", "Infinito + um" e "Correndo descalça". Bem, se você, assim como a Julietta, ama um romance histórico, tenho certeza que irá se encantar com essa narrativa. Até porque, além de ter esse ponto, a história conta com volta no tempo, paisagens de época, e aborda temas como amor, amizade, luta e perda, de uma forma singular e encantadora.
(Foto: reprodução/Amazon)
O livro, conta a história de Anne Gallagher, uma escritora famosa e rica. E aí, reconheceu a origem do sobrenome? Se pensou na Irlanda, acertou em cheio! Cá entre nós, é muito difícil uma história que se passa em um país tão lindo não ser boa, não é mesmo? Bem, a Anne mora em Manhattan com seu avô, que é irlandês e passou parte de sua vida na Irlanda. Antes do seu falecimento, ele a faz prometer que jogaria suas cinzas no lago Lough Gill, que fica na Irlanda. Muito triste com tamanha perda, Anne embarca no último desejo do seu avô, começando uma jornada surpreendente.
Chegando lá, nossa protagonista descobre algumas coisas sobre seus ancestrais irlandeses, coisas que seu avô nunca tinha mencionado. Durante o percurso, repleto de memórias dolorosas, embaladas pelo luto, Anne deposita as cinzas no lago, e acaba sendo transportada para a Irlanda de 1921. Ao chegar ferida e machucada, é acolhida pelo médico Thomas Smith, que a confunde com uma amiga desaparecida.
Não à toa, além de ser muito parecida, a jovem tem o mesmo nome que a mulher perdida, o que gera um burburinho nas redondezas e mais perguntas sem respostas. Anne fica atordoada com tudo que está acontecendo em sua volta, e assume a identidade dessa mulher. Ela acaba descobrindo que tudo que está vivenciando tem ligação direta com o seu futuro. O que conforta o seu coração diante desse caos, é o pequeno Eoin, seu avô, que nesse tempo, ainda era uma criança.
(Foto: reprodução/Pinterest)
A verdade é que em 1921, a Irlanda estava à beira da guerra, e é nesse meio em que Anne se encontra. Tudo que ela mais quer é voltar para casa, mas enquanto não descobre meios para realizar esse desejo, está decidida em desvendar o motivo de ser tão parecida com a Anne do século XX, além de encarar vividamente seu passado, que é também o seu futuro. Como uma viajante do tempo, a protagonista tem informações diretamente do futuro, e isso irá ajudar, em certa medida, aqueles que têm a esperança de lutar por uma Irlanda livre.
Como uma ótima leitora, a Julietta não poderia deixar de mostrar algumas passagens que valem destaque dentro da narrativa, para aumentar ainda mais seu entusiasmo e curiosidade. E é assim que mais um livro surge na sua lista de leituras!
“Somos partículas, pedaços de vidro e poeira. São tão numerosos quanto os grãos de areia que cobrem as praias, um indistinguível do outro. Nascemos, vivemos, morremos. E o ciclo continua eternamente.”
“Li em algum lugar que uma pessoa nunca vai saber quem realmente é a não ser que priorize o que ama.”
“Eu o conhecia e amava. Desesperadamente. Amá-lo e conhecê-lo, porém, era tão impossível quanto amar um rosto em uma tela. Nós éramos impossíveis. Em um momento, em um suspiro, tudo poderia acabar."
(Foto: reprodução/Pinterest)
A leitura é envolvente e faz você devorar cada página para entender o antepassado de Anne. O envolvimento dos cidadãos em busca da liberdade irlandesa é emocionante. E laços afetivos construídos são cativantes. Assim é O que o vento sussurra, repleto de poesia e lendas fascinantes, que se unem com a história principal fantasticamente!
Escrito por: Beatriz Vitória
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